terça-feira, 20 de maio de 2014

[ Aula Resumo ] História Mundial: O Imperialismo

Dança no Moulin Rouge - Toulouse Lautrec (1890)
Provavelmente as imagens mais características da Europa do final do século XIX e início do século XX são as pinturas impressionistas que retratam a chamada Belle Époque

A Belle Époque foi um período compreendido entre 1871 e 1914, marcado por efervescência artística e cultural e de grandes progressos nas comunicações e nos transportes. 

Inovações tecnológicas como a luz elétrica trouxeram maior conforto, e o telefone e os automóveis diminuíram as distâncias entre as pessoas. 

O cinema, a fotografia e novas formas de artes e tantas novidades estavam mudando o modo de vida das pessoas nos grandes centros urbanos.   

O mundo parecia integrar-se econômica e culturalmente e a adoção quase universal de padrões culturais ocidentais também caracterizou esta época.

Pode-se fazer um paralelo entre os acontecimentos e avanços do final do século XIX com os do final do século XX, com a internet, a onda democratizante e a globalização econômica-financeira-cultural.   

Não por acaso, o início da Belle Époque data de 1871. 

Foi em 1871 que se encerrou a guerra Franco-Prussiana, dando início a um período de relativa paz entre os países europeus. 

No entanto, sob a aparência de tranquilidade, acumulavam-se contradições que logo explodiriam em uma grande guerra mundial.     

A Prússia sai vencedora e fortalecida da guerra contra e França. Sob a liderança de Bismark, consolida a unificação dos reinos da Alemanha gerando uma nova grande potência mundial. 

Esta nova Alemanha aspira um papel de independência e destaque internacional sem ter que ligar-se ao sistema internacional através da Inglaterra - que então conectava a Europa ao mundo, e, com isso, era a potência dominante. 

O Imperialismo 

Durante os séculos XVIII e  XIX a Inglaterra baseou sua liderança internacional através de sua potência naval e efetivo controle do comércio mundial, mas grandes potências disputavam esta hegemonia. 

A Rússia era sua maior rival e a França aparecia como terceira força.


Inglaterra, Alemanha, Rússia, França e Japão
disputam divisão da China - Le Petit Journal (1898)  
Do outro lado do oceano Atlântico, os Estados Unidos da América cresciam como outro forte candidato à nova supremacia mundial. 

Com grande mercado interno, forte política protecionista e rápido desenvolvimento, os EUA recebiam grandes investimentos de capitais estrangeiros e fluxo de imigrantes atraídos pelo progresso e pelas oportunidades na América. 

No entanto  com a unificação da Alemanha em 1871, a Inglaterra viu nascer a maior ameaça sobre sua hegemonia mundial. 

Num mundo onde crescia a concorrência e o protecionismo, a existência de um grande mercado interno passou a ser condição fundamental para o desenvolvimento econômico. 


A Inglaterra buscou exatamente este novo mercado consumidor através de novas colônias - especialmente na Índia e na China. 

A Alemanha não tinha as mesmas condições internas favoráveis dos EUA e, desta forma também teria que disputar com a Inglaterra a expansão colonial que se iniciava. 


Como alternativa para compensar suas debilidades internas a Alemanha criou um poderoso complexo industrial e militar, que veio a abalar o equilíbrio de forças na Europa.

Estas condições explicam os movimentos expansionistas das potências européias para a Ásia e a África, intensificando ainda mais as tensões que viriam a culminar na Primeira Guerra Mundial. 

Veja abaixo Aula Resumo com mais alguns pontos importantes sobre o Imperialismo e a formação dos nacionalismos neste período.




fontes: 1 Manual do Candidato (Funag) História Contemporânea - 3a Ed - 2012
            2 A Era dos Impérios - Eric Hobsbawn 








  

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